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sábado, 22 de outubro de 2011

Líbia: Barrados na Fronteira


Libia
Na edição de O Globo, de 21 de outubro de 2011, ou seja, um dia depois da morte/assassinato, de Muammar Kadhafi, consta um caderno especial com a manchete “Fim do déspota, início da nova Líbia”, que concedeu espaço para alguns comentários sobre a situação na Líbia:
Mary Dejevsky, colunista do The Independent – A  tentação agora será citar a Líbia para justificar intervenções militares em outros lugares.

Ali Abdullatif Ahmida , Universidade de New England, nos EUA:  Este é o fim de uma era, mas a luta pelo novo governo já começou. Tudo depende de como os líderes do Conselho de Transição vão consertar o país e reconciliar o povo.
Daniel Korski, do Conselho Europeu de Relações Internacionais – A  morte do coronel Kadhafi é um acontecimento ambíguo para as novas autoridades líbias. Elas evitam um drama judicial já conhecido, à la Slobodan Milosevic, que poderia reagregar o povo em apoio ao ex-ditador. Mas a morte de Kadhafi também rouba do novo governo líbio a oportunidade de se mostrar melhor do que o anterior, ao permitir que um processo judicial se estabelecesse. Sua morte, de maneira violenta, também revela o risco da criação da figura de um mártir a partir de um homem cujos feitos em vida nunca foram merecedores dessa aclamação.
Shashank Joshi, Royal United Services Institution, Reino Unido: A Líbia não é um país viável para uma insurgência de maior porte.
Acredito que veremos resistências em alguns lugares, tensões surgirão, mas não será nada que pareça uma contrarrevolução.
Comentário do jornalista português Miguel Urbano Rodrigues, que não saiu em O Globo:
Kadhafi afirmou desde o primeiro dia da agressão que resistiria e lutaria com o seu povo ate à morte. Honrou a palavra empenhada. Caiu combatendo.
Que imagem dele ficará na História?
Uma resposta breve à pergunta é hoje desaconselhável, precisamente porque Muammar Kadhafi foi como homem e estadista uma personalidade complexa, cuja vida refletiu as suas contradições.
Neste sentido, Mário Augusto Jakobskind lança o seu livro 'Líbia: Barrados na fronteira', dia 11 de novembro, na ABI, no Rio, para lançar uma luz neste conflito, marcado por mais uma invasão da Europa em paises árabes.
Desta vez, uma cruzada aérea em pleno século XXI, mas que nada fica a dever as carnificinas praticadas pelos cavaleiros nobres de séculos atrás. O pretexto das invasões na idade média era a religião, o cristianismo, Jerusalem. Sob este pretexto a Europa destruiu, matou e pilhou os paises árabes. O pretexto do século XXI é a democracia. Em nome da democracia a OTAN bombardeou a Libia. Mas todos sabem que o alvo era o petróleo e as reservas monetárias da Libias que somam mais de 100 bilhões de dólares. Uma boa quantia para ajudar a tirar a Europa da crise.

Fonte: Rede Democrática