segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O debate da Band

Blogueiros e jornalistas especializados em grande maioria concordaram que o debate marca uma mudança de rumos no 2º turno. Dilma ouviu a militância e adotou a postura mais agressiva de todos os debates até o momento. Só se viram elogios ao desempenho da candidata do PT nos blogs, no Twitter e em outras redes sociais. Há um clima de empolgação na campanha que não havia uma semana atrás. Serra foi desmascarado e os tucanos parecem ter sentido o golpe.

"Dilma Rousseff surpreendeu e foi para cima do candidato tucano no debate da TV Bandeirantes. Serra não esperava por isso. Ficou evidente ao deixar sem respostas, por exemplo, a cobrança que a petista fez a ele da frase dita por sua esposa, Mônica Serra, de que 'Dilma mata criancinhas'. Colocou o tema das privatizações na baila, defendeu a Petrobras e o pré-sal e colocou uma dúvida na cabeça das pessoas. A de que essas riquezas correriam riscos na gestão tucana. Não acredito que o aborto volte a ser tema central da campanha." (Renato Rovai, editor da Revista Fórum)

"Apontado como 'líder satanista' (na imunda boataria pró-Serra, que inundou a internet nas últimas semanas), Michel Temer (o vice de Dilma) foi quem analisou com mais calma e conteúdo o debate, numa entrevista rápida ainda dentro do estúdio da Band: a atuação da Dilma 'vai jogar nas ruas a militância'. O debate foi isso. Audiência baixa, cerca de 3 pontos. Quem estava acompanhando? O público mais ligado em política – dos dois lados. Dilma falou para a militância. E acho que surpreendeu positivamente a todos." (Rodrigo Vianna, do blog O Escrevinhador)


"Dilma jogou no colo de Serra a origem da história sobre o aborto ao citar o que a mulher dele disse a respeito. A candidata do PT usou o debate para mostrar que está viva, firme e forte. Por isso foi para o ataque. E surpreendeu o adversário." (Ricardo Noblat, de O Globo, pelo Twitter)

"Foi o melhor debate da campanha até agora" (Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Band)

"O debate foi agressivo, mas no melhor sentido da palavra" (Ricardo Boechat, mediador do debate de ontem)