quarta-feira, 27 de outubro de 2010

'Folha' de hoje deve trazer dados sobre a passagem de Dilma pelas prisões da ditadura

Eles não desistem. Temos que aproveitar o Dia Nacional de Mobilizações, tanto nas ruas como na internet (entre no site #Dilmanarede para saber mais) e desarmar durante o dia de hoje mais essa bomba preparada pela mídia, empenhada em desconstruir a biografia de Dilma Rousseff para eleger a qualquer custo José Serra presidente dia 31. Lembre-se: quaisquer que sejam os dados que a Folha de S. Paulo tenha obtido de arquivos sobre Dilma entre 1970 e 72 (período de sua prisão pela ditadura) foram conseguidos ilegalmente, já que a Justiça Militar rejeitou a petição do jornal de Otávio Frias Filho para liberar o arquivo. É preciso salientar ainda que estes documentos que a Folha tanto quer escancarar não podem ser considerados fonte confiável, uma vez que foram integralmente redigidos por funcionários do aparelho repressor do regime militar. Por fim, não deixemos que aqueles que hoje adotam o discurso da extrema-direita rancorosa e saudosa de 1964 criminalizem brasileiros que arriscaram suas vidas para resistir ao arbítrio. Por uma questão de justiça, segue o post do Renato Rovai publicado na noite de ontem em seu blog, veículo jornalístico que antecipou o "furo" da Folha.

Folha vem com histórias da ditadura contra Dilma

Do Blog do Rovai
Para compensar a publicação da reportagem de hoje (ontem) sobre o esquema no Metrô de São Paulo, que atinge diretamente o candidato Serra, a Folha de amanhã deve trazer uma reportagem sobre as ações de Dilma na época da ditadura militar.

O jornal dos Frias não esperava que o resultado das licitações do metrô saísse neste momento. Por isso titubeou em publicar a reportagem.

Tinha o resultado desde quinta-feira e só deu a matéria hoje. Sem que fosse a manchete do dia. Ou seja, publicou para que a história não vazasse. E se isso viesse a ocorrer o jornal ficaria completamente desmoralizado.

Amanhã, a Folha vai pra cima de Dilma. E ainda vai poder dizer que é independente. Afinal, publicou o esquema do metrô.

Até onde apurei, a reportagem de amanhã será sobre ações de Dilma na época da ditadura e o jornal vai fazer, inclusive, aqueles típicos esquemas com “cronologia dos fatos”.

Como o jornal não conseguiu obter a ficha de Dilma da época da ditadura por meios oficiais, a reportagem se basearia em documentos de arquivos públicos que estão em posse de uma universidade.

Quem conhece documentos escritos por serviços secretos da época do regime militar, sabe como eles são “confiáveis”. A descrição dos personagens é algo estapafúrdio. Qualquer pessoa se transformava em perigoso terrorista.

Os delatores para valorizar o relatório que produziam, sempre superestimavam as ações dos personagens que investigavam.

A ficha de Dilma, se vier a ser revelada, vai estar eivada de adjetivos comprometedores. E por isso a Folha quer tanto ter acesso a ela.

Para a campanha de José Serra nada melhor do que um documento como este para usar no seu programa eleitoral.

Para Ali Kamel, nada mais impactante do que lembrar das ações de conflito na época da ditadura e buscar relacionar alguns daqueles fatos à mente terrorista de Dilma.

A Folha de amanhã quer jogar mais álcool na fogueira das eleições nesta reta final da campanha.